20.4.06

outra fase de ficar calada, tentanto des-cobrir. não há o que dizer, por não ter nada a dizer, por ter tudo a dizer e querer ficar calada mesmo assim, por não ter vontade de dizer e brigar para poder dizer. tentando des-cobrir. o que se é, o que se quer, o que pode ainda ser mágico e te fascinar, nem sei mais e a vida na verdade é só isso mesmo e chega de se importar com. mas não, ainda não crescemos e por isso ainda me espanto com o vazio intenso. e o amor? tão imperfeito coitado, fingindo ser perfeito. aqueles amigos que me fizeram perceber que tudo o que morre, morre aos poucos. dói ainda, sempre dói, né? os outros que não morrem, mas vivem por aí, por longe. e os outros que estão tão perto que não enxergam. amo-os todos, mas não posso tocar-lhes, essa impossibilidade de dizer, e tinha tanto para dizer, uma noite inteira. e quem tem uma noite inteira para esperar?

Comments:
queria citar um trechinho do Bernardo Soares, mas não vou.

Seria um atropelo.
 
sabe que eu ainda não o peguei para ler, não vou sair do guimarães tão cedo, não posso. quero aquela cadência de frase que ele usa.
 
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